Teste da Orelhinha torna-se obrigatório em hospitais públicos

Saiba por que o exame que detecta problemas auditivos deve ser realizado ainda na maternidade.

Saiba por que o exame que detecta problemas auditivos deve ser realizado ainda na maternidade

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Ainda nos primeiros dias de vida, alguns exames realizados na maternidade permitem identificar diversas doenças no bebê. Mas nem todos, como o teste do pezinho, por exemplo, são obrigatórios e gratuitos. Neste mês, foi aprovada uma lei que pode mudar esse cenário. A partir de agora, hospitais e maternidades públicas são obrigados a fazer gratuitamente o exame de Emissões Otoacústicas Evocadas, mais conhecido como teste da orelhinha. O exame, que já era obrigatório em alguns municípios como São Paulo, verifica se o bebê responde a algum estímulo sonoro e deve ser realizado no primeiro mês de vida.

Em cada grupo de 10 mil recém-nascidos, 30 apresentam problemas de surdez. Uma das causas freqüentes são as infecções virais na gravidez, como a rubéola, perfeitamente evitáveis com orientação no pré-natal. Mas se ela falhou, uma boa assistência no nascimento permite que a deficiência seja detectada cedo e não comprometa o desenvolvimento da criança. Daí a importância do teste da orelhinha ser realizado o quanto antes, de preferência ainda no hospital. O teste, que custa em média R$ 80 nas maternidades privadas de São Paulo, é coberto por alguns convênios de saúde.

"Todo recém-nascido deve fazer o teste da orelhinha no primeiro mês de vida. É um exame rápido, que verifica se a criança responde a um estímulo sonoro", diz a fonoaudióloga Kathryn Marie Pacheco Harrison, diretora da Clínica Derdic da PUC-SP. Ela explica que uma pequena sonda é colocada na orelha do bebê e ligada a um aparelho. Ele emite um som, que chega ao ouvido interno e volta ao aparelho. A ausência desse retorno indica problema. 

O que fazer 

Se o teste da orelhinha acusa deficiência auditiva, o primeiro passo é consultar o médico otorrino, para complementar a avaliação. Assim, a criança inicia logo o tratamento, evitando problemas com a linguagem. Podem ser estímulos sonoros, terapias de reabilitação, próteses que amplificam o som e até cirurgia, como o implante coclear — um aparelho colocado dentro do ouvido, que leva o som ao nervo auditivo. Tudo depende do grau da deficiência, que pode ser leve, moderada, severa ou profunda, envolvendo perdas de 40 a 90 decibéis. Com algumas medidas simples, você também pode verificar a audição do seu filho. Quando ele chamar, anuncie de longe que você já vai e observe se ele se acalma. Sem avisar, faça barulhos atrás dele, como bater palma ou tocar um apito, e veja se ele localiza o som. Aos 3 meses, os bebês já têm essa capacidade. 

Outras causas de deficiência auditiva

- Hereditariedade, ocorrendo mais nos casamentos consangüíneos 

- Má-formação do ouvido interno, chamada displasia de Mondini 

- Prematuridade, quando o bebê nasce com peso inferior a 1,5 quilo 

- Níveis elevados de bilirrubina no nascimento, que podem levar a intoxicações e comprometer o sistema nervoso 

- Caxumba e meningite bacteriana na criança

- Medicação com drogas que lesam o ouvido interno, em geral antibióticos prescritos para diarréia e vômito

 

Fonte: Revista Crescer

 

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